terça-feira, 8 de junho de 2010

Espaço do Fã

RELICÁRIO DE VOCÁBULOS

(Por todos que te seguem)

Não precisa por no envelope
Nem precisa de selo ou do correio
Nem mesmo do carteiro
Onde sonhos minhas fantasias
Vejo palavras que minhas as queria
Pra dizer e expressar o que sinto em minha vida
Logo nunca esteja vazia
Se ligar com o mundo entrar em contato com todos
Poder conhecer outras realidades com apenas um toque
Viajar, buscar, informar e confortar
Viajar sem sair do lugar, conhecer, aprender e consultar
Rever amigos e reaver amizades
Enviar a palavra amiga aquela que com talento
Sua doçura vive a espalhar
Quanta coisa mudou e se criou
Às vezes me sinto perdido
Em meio a vocábulos tão estranhos
Que de minha adolescência para agora, o tempo voou
As letras são os sinais gráficos,
As pronúncias são os fonemas.
Da junção dos mesmos vêm as sílabas.
E das sílabas, os vocábulos. São belas cenas.
Palavras simples, compostas,
Primitivas e derivadas.
Delas nascem as diferentes línguas,
Por todos os povos faladas.
Os vocábulos ou palavras
Estão em todo lugar.
Com eles elaboramos as frases,
Meios de nos comunicar.
Das frases, as orações,
Uma aqui, outra adiante,
Daí surgem os períodos,
Formando o texto interessante.
Cada um com a sua característica,
Uns pacíficos, outros arrogantes;
Alguns bem aceitos, outros estranhos.
Mas todos são importantes.
Sejam escritos ou falados,
Os verbetes são padrão, são cultura.

Em quaisquer das gerações
Eles tornam-se uma bravura.
Velozes correm para diversos lados,
Nas profundezas e nas alturas.
Ora sonoros, ora baixos.
Estão em todas as criaturas.
Existe os concretos
Com significação definida, sem segredos.
E também os abstratos,
Imaginários, com os seus enredos.
A manfiestação oral e escrita
Tem essencial significado.
Na ortografia estuda-se isso,
Lendo e redigindo algo estruturado.
Bastante são os verbetes,
Não se consegue contar.
Formam um mundo sedutor,
Multiplicam-se sem cessar.
Desde os séculos mais remotos
E nos dias atuais,
O fonema e o sinal da grafia
São meios fundamentais.
No vocábulo tudo encontra-se,
Nada fica a desejar.
Qualquer indivíduo ou nação
Orgulha-se do seu falar.
Se caso obrigasse-nos a calarmos,
Mesmo assim rezingaríamos.
E se proibisse rezingarmos,
Com movimen tos falaríamos.
Idioma todos temos
para conservá-lo vivo.
O que importa é o diálogo,
Ninguém ficar inibido.
Toda pessoa é igual,
Sabendo bem ou mal se expressar.
A dicção tem digno valor,
Na linguagem culta ou popular.
Pela palavra é que foi feito
Tudo o que existe no universo.
Ela constrói e destrói,
Sua influência é um sucesso.
Herdamos dos nossos ancestrais
Um léxico de variações.
E mesmo os que não conseguem falar,
Usam gestos para interações.
Passa o tempo, descobre-se algo novo,
Tudo muda a cada instante.
Só que o termo permanece.
É eterno, é exultante.
O vocábulo sempre foi
Uma alavanca poderosa.
Sem ele seria difícil
A nossa comunicação sonora.
A palavra é o ouro
Que os fortes e os fracos têm.
É um escudo valioso.
Ninguém rouba de ninguém.
É necessidade cotidiana
Alimentar-se, trabalhar, ler e repousar.
Para uma sadia leitura
Basta um escrito popular.
As amizades continuam agora mais distintamente próximas
Amores chegando, amores partindo
Viajando por cabos e fios nunca dantes navegados
Um tanto quanto desconhecidos
Mas por traz de tudo isso
Sempre haverá e terá de haver
Uma pessoa, um ser humano, um carinho e uma amizade
Um coração com ternura a bater e compreender.

(Citações e fragmentos, por Marcos Machrysller)


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